quarta-feira, 15 de setembro de 2010

No Twitter, menos é mais



Não. Como a maioria dos brasileiros que prefere usar a interface web do microblog, ainda não tive a oportunidade de usar a nova interface, anunciada ontem. Mas já arrisco um palpite. De tudo o que li, vi e ouvi a respeito, temo que ela demore a me conquistar. A razão? Retirou boa parte da simplicidade de uso do serviço.

Para começar, muitos dos recursos incorporados na nova interface já estavam disponíveis em boas aplicações para desktop, como o TweetDeck, e em plugins para o Firefox. Cheguei a usar alguns, por algum tempo, não muito, justamente por achar que sujavam muito a timeline, quase sempre com conteúdos publicados por pessoas que sigo mas que, não necessariamente,  me interessavam no momento. E Twitter é momento.
Recurso de mais pode fazer o sistema nervoso da timeline sofrer interferências demais. O mais interessante seria dar aos usuários opoder de escolher que interface usar: se a mais simples ou a vitaminada. Sinceramente, não sei se vou me acostumar com duas áreas de tela, em vez de uma única linha do tempo dos posts.
A intenção da mudança, dizem, é a atrair mais visitantes e anunciantes para competir melhor com o Facebook.com. Mas será que o caminho é realmente esse? O usuário do Twitter tem os mesmos interesses do usuário do Facebook? O Twitter tem mais de 160 milhões de clientes, enquanto o Facebook tem mais de 500 milhões. Muitas pessoas usam os dois serviços.
Outra: quem ganha mais ao ver o conteúdo de fotos e vídeos diretamente no site Twitter, em vez de ser redirecionado em outro lugar, eu ou o próprio Twitter? O próprio Evan assume que embora o novo site não tenha sido concebido apara aumentar a atratividade para os anunciantes (não?!?!), a experiência de visualização de anúncios vai melhorar. Um estúdio de cinema que já publica um tweet “patrocinado” por um filme com um link para o trailer pode levar os usuários do Twitter a ver o trailer, sem sair do site do Twitter.
“É rápido, é fácil, é uma experiência mais rica, e é a melhor maneira de descobrir o que há de novo no seu mundo”, advoga Evan Williams, CEO do Twitter.
Só vendo _ e usando _ para crer.
PS: Segundo o Wall Street Journal, o Twitter foi avaliado em cerca de US$ 1 bilhão durante uma rodada de financiamento recente, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
Esses últimos movimentos do Twitter irritaram, para valer, a comunidade de desenvolvedores de ferramentas, por limitarem as oportunidades para desenvolvedores de aplicações concorrentes ao próprio serviço. O que pode prejudicar a inovação em torno de sua API. Talvez o negócio do Twitter seja outro, diverso do modelo adotado pelo Facebook ou as ferramentas de buscas como o Bing e o Google. Vale pensar mais a respeito….

Fonte: idgnow

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